quarta-feira, 4 de março de 2009

Side-by-Side

Esta situação ocorre quando ambos os velames voam lado a lado na mesma direção. Geralmente se tocando nas laterais ou a lateral do menor encostado nas linhas laterais do maior. Em estudos realizados com side-by-side, apresenta-se resultante ao velame menor abrindo logo após o comando do velame maior. Seja o comando de um velame reserva maior comandado depois do velame principal, ou de um velame principal maior que abre depois do velame reserva menor. O resultado é sempre o mesmo, com exceção de alguns downplanes, que serão comentados mais adiante.
A referência “maior” ou “menor”, indica a altura dos velames, quando ambos estão inflados, contando o ponto de conexão dos harnes até o extradorso. Somente o comprimento das linhas, não parece ser um indicador exato da altura devido às diferenças entre fabricantes. Harness, containers e diferenças particulares entre o comprimento dos tirantes. Velames diferentes também irão apresentar variações na altura de seu bordo de ataque. Até o momento parece não haver uma fórmula que determine a altura quando suspenso por um ponto comum do harness em um velame inflado.
O que parece indispensável até aqui é que: Se o topo do bordo de ataque do velame traseiro fica abaixo do bordo de fuga do velame dianteiro, o biplano é configuração mais possível. Se o topo do bordo de ataque do velame traseiro fica na altura ou acima do bordo de fuga do velame dianteiro, o side-by-side é a configuração mais provável.
Na maioria dos casos, o side-by-side ocorrido dessa maneira pareceu ser uma configuração fácil de voar com movimentos suaves nos batoques do velame dominante (normalmente o maior), não sendo recomendado que se navegue com os quatro batoques. Em um teste deste tipo, um flare foi feito com os quatro batoques e imediatamente os velames entraram em uma configuração aonde um voava em direção contrária ao outro, o que não e nada desejável, além disso, navegar com os batoques “de fora” de cada um dos velames resultou em um downplane. Isso não é recomendado. O melhor a fazer é navegar o velame mais à frente ou o maior dominante.
O side-by-side aparentou ser suscetível à instabilidade, quando há diferença maior em tamanho e design (formato), muitas vezes, quando há muita diferença de tamanho, o velame maior voava se distanciando um pouco do menor, resultando em um biplano parcial com o velame menor atravessando por trás. É um caso de delicada estabilidade, recomenda-se muito cuidado nas manobras. Desconectar de um side-by-side que persiste em não mudar para um biplano é aparentemente seguro, desde que não haja problemas com o equipamento nem algum tipo de entrelaçamento entre os velames.
Estes testes foram realizados sem o uso de dispositivos Steven System (RSL), e isso requer atenção devido aos diferentes estilos e aplicações existentes. Um pára-quedista (piloto de teste), não se sentiu confortável ao pousar o side-by-side, com velames em alta carga alar, especialmente quando havia um velame elíptico envolvido. Em testes realizados tanto o side-by-side quanto o biplano, se mostraram dóceis e fáceis de controlar. Deve-se enfatizar que apesar dos resultados verídicos, não se pode confiar inteiramente nestas situações. Durante todos os testes os velames foram realmente postos a prova e em algumas vezes chegaram a se enroscar. Deve-se observar que manobras fortes ou inadequadas podem causar resultados indesejáveis.
Conclusão: em caso de um side-by-side que se tem controle direcional, navegue-o com manobras suaves no velame maior (dominante), se a configuração não tiver controle e caso não haja entrelaçamento entre os velames, desative o Steven system (RSL), e caso a altura permita, e libere o principal.

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